Olá! Meu nome é Andrea Cruz, sou advogada previdenciária, atuo na cidade de Taubaté e em toda a região do Vale do Paraíba.
Quando se trata de aposentadoria, planejamento previdenciário é o termo chave para garantir que você realmente terá um salário justo e suficiente para as suas despesas após parar de trabalhar.
Ao deixar o planejamento da aposentadoria para última hora, você corre o risco de sofrer com questões difíceis ou até mesmo impossíveis de resolver a tempo.
Neste artigo, você vai descobrir os 6 principais riscos que você corre ao demorar demais para fazer o seu planejamento previdenciário e como evitar cada um deles.
Confira a seguir.
1. Pendências no CNIS podem atrasar ou até impedir a aposentadoria
O CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) é o documento que registra todas as suas contribuições previdenciárias ao longo da vida. Caso existam erros ou lacunas nas suas informações, isso pode atrasar significativamente o pedido de aposentadoria.
Se você trabalhou em empresas cujos registros não constam no CNIS, existe a possibilidade ser um impedimento para a sua aposentadoria. Para regularizar a situação, você precisará de holerites e contratos, para comprovar o tempo trabalhado. Esse processo leva meses ou até mais de 1 ano. Já pensou?
Com um planejamento previdenciário antecipado, é possível identificar essas falhas e corrigi-las com tempo, sem comprometer o valor do seu benefício ou precisar trabalhar além do período necessário, durante essa espera.
2. Contribuições erradas geram prejuízos para o seu bolso
Outro risco de não planejar com antecedência está nas contribuições feitas de maneira errada.
No INSS, existem algumas alíquotas para contribuição, que variam conforme o valor da aposentadoria que você deseja receber no futuro.
Uma situação bastante comum entre os contribuintes é, por não conhecer a tabela, pagar 20% de contribuição como facultativo, quando na verdade, pagando a alíquota de 11%, obteria o mesmo benefício.
Imagine só você, ao procurar uma advogada previdenciária para dar entrada na sua aposentadoria, descobrir que contribuindo na alíquota correto, a economia seria de quase metade do valor que usou para contribuir com o INSS? Frustrante, não é?
Se tomarmos como base o valor de R$ 1412 (salário-mínimo atual), ao longo de 10 anos, a economia seria de R$ 15.249,60. E isso pode ser evitado por meio do planejamento previdenciário.
3. Perder prazos fará com que você perca seus direitos
A legislação previdenciária tem passado por muitas mudanças, e as regras de transição nem sempre são simples.
Quem deixa para fazer o planejamento muito próximo do pedido de aposentadoria corre o risco de perder oportunidades importantes, como aproveitar regras mais vantajosas ou alcançar requisitos específicos antes de uma possível nova reforma.
Se você estiver a poucos meses de completar o tempo necessário para se aposentar pela regra de transição de uma reforma previdenciária, por falta de planejamento, você pode acabar sendo enquadrado em uma nova regra, e precisar trabalhar por mais tempo, com um valor de aposentadoria ainda menor.
No entanto, fazendo o planejamento previdenciário, você garante que terá tempo para cumprir os requisitos necessários, ou até mesmo para aumentar o valor da aposentadoria, escolhendo a melhor estratégia de contribuição.
4. Sua contribuição pode não ser contabilizada pelo INSS
Contribuições feitas abaixo do valor mínimo exigido pelo INSS não contam para o tempo de contribuição nem para a carência dos benefícios.
Muitas vezes, quando o segurado percebe que contribuiu de forma errada, já é tarde demais para complementar esses valores a tempo de se aposentar. Isso pode gerar atrasos e frustração, especialmente se o período para correção for considerado decadente (acima de 5 anos), tornando o processo mais burocrático e demorado.
O planejamento previdenciário permite que essas irregularidades sejam identificadas e corrigidas com antecedência, evitando qualquer surpresa desagradável no futuro.
5. Desorganização pode levar à negativa da aposentadoria
Infelizmente, é comum ver casos de segurados que têm seus pedidos de aposentadoria negados por falta de documentação ou por inconsistências no histórico de contribuições. 3 a cada 4 pedidos de aposentadoria são negados.
Em muitos casos, o problema é algo simples de resolver, como a falta de um documento ou a comprovação de um vínculo empregatício, mas isso pode custar meses de espera até a regularização.
Com o planejamento previdenciário, você tem tempo para reunir todos os documentos necessários e ajustar qualquer pendência, o que aumenta as chances de ter o pedido aprovado rapidamente.
6. Ansiedade e insegurança durante a espera
Por fim, um dos maiores riscos de deixar para planejar a aposentadoria muito tarde é a ansiedade e a insegurança.
A aposentadoria é um momento esperado com muita expectativa pelo segurado, logo, o ideal é que não seja um período estressante, mas de descanso.
O planejamento previdenciário feito com antecedência permite que você tenha clareza sobre quando poderá se aposentar, quanto receberá e qual será a melhor regra de transição para o seu caso.
Independente do momento em que você está, o ideal é começar o quanto antes.
Por onde começar o planejamento previdenciário?
Agora que você já sabe a importância do planejamento previdenciário, deve estar se perguntando por onde começar.
Como o planejamento é um processo que envolve conhecimento mais aprofundado sobre as normas da Previdência Social e regras das aposentadorias, ele deve ser feito sob a orientação de uma advogada previdenciária.
O primeiro passo é agendar uma consulta para avaliar seu histórico de contribuições, que pode ser feito por meio da consulta ao Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).
A advogada previdenciária vai ajudar você a entender as informações contidas nesse documento e identificar possíveis pendências que precisam ser resolvidas.
Em seguida, o profissional irá trabalhar com você para definir suas expectativas considerando aspectos como a idade desejada, o tipo de benefício que você pretende solicitar e o valor mensal que gostaria de receber.
Com essas informações, será possível traçar um planejamento previdenciário personalizado, sugerindo ajustes nas suas contribuições e, se necessário, opções de complementação que podem melhorar sua aposentadoria.
Por fim, será realizado um cronograma para revisar seu planejamento regularmente com o advogado, garantindo que você esteja sempre por dentro e preparado para eventuais mudanças na legislação previdenciária.
Conclusão
O planejamento previdenciário é o passo mais importante que você dará para uma aposentadoria justa e que seja condizente com seus objetivos para o futuro.
Adiar esse processo pode resultar em prejuízos na sua vida financeira e no tempo de descanso que você está planejando após uma longa vida de trabalho árduo, tudo isso pode ser evitado através do planejamento feito pela advogada previdenciária.
A partir desse passo tão importante, você poderá identificar pendências, usar suas contribuições de forma inteligente e evitar erros que podem custar caro no futuro.
Portanto, não deixe para amanhã o que pode ser feito hoje: busque a orientação de uma advogada previdenciária e comece a planejar sua aposentadoria ainda hoje.
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Um abraço e até a próxima!
